Um braço robótico que usa bactérias para “saborear” uma determinada substância química foi desenvolvido por engenheiros da Universidade da Califórnia e da Universidade Carnegie Mellon.
O dispositivo usa um módulo de biossensor baseado em bactérias do tipo E. coli (comuns em intestinos) projetado para responder ao IPTG químico, produzindo uma proteína fluorescente.
As células bacterianas residem em poços com uma membrana flexível e porosa que permite a entrada de produtos químicos, mas mantém as células no seu interior.

Este módulo de biossensor é construído na superfície de uma pinça flexível em um braço robótico, para que a pinça possa “saborear” o ambiente através de seus dedos.
Quando o IPTG atravessa a membrana para dentro da câmara, as células fluorescem e os circuitos eletrônicos dentro do módulo detectam a luz. O sinal elétrico viaja até a unidade de controle da garra, que pode decidir se pega alguma coisa ou a solta.
Os sistemas bio-híbridos oferecem potencialmente mais flexibilidade do que a robótica convencional, de acordo com os cientistas. As bactérias poderiam ser projetadas para diferentes funções no robô: detecção de produtos químicos, fabricação de polímeros para reparos ou geração de energia, por exemplo.