Em uma apresentação feita no Festival de Cinema de Karlovy Vary, Nadira Azermai, a fundadora de uma startup chamada ScriptBook, afirmou que o estúdio Sony Pictures poderia ter “escapado” de produzir 22 filmes que fracassaram financeiramente nas bilheterias nos últimos dois anos se tivessem usado o seu algoritmo, que é capaz de ler um roteiro e prever quanto dinheiro ele vai arrecadar nos cinemas.
O sistema de inteligência artificial (IA) também é capaz de prever qual será a classificação indicativa do filme, identificar quem são os protagonistas e antagonistas, ou quem será o público-alvo do filme (incluindo detalhes de idade e etnia).
O objetivo do ScriptBook e de sistemas similares é cortar custos em estúdios, já que ele dispensaria a realização de exibições teste, a contratação de leitores e revisores de roteiro, e possibilitaria um foco mais preciso na campanha publicitária de cada longa-metragem.
A pergunta que muitos se fazem sobre um sistema como o ScriptBook é: Como é possível que uma IA saiba que um filme fará muito ou pouco dinheiro?
De acordo com a empresa, o sistema faz uma análise através de aprendizado de máquina. O banco de dados é alimentado com mais de 6500 scripts já produzidos. Então é feita uma análise que traz previsões referentes aos personagens – detectando os protagonistas e antagonistas – e suas emoções, o público alvo e, é claro, como seria a bilheteria desse filme.
A startup cobra cerca de US$ 5 mil para fazer a análise do roteiro e determinar se será um sucesso nas bilheterias ou se o filme está fadado ao fracasso.
Será que a inteligência artificial poderá escolher quais filmes serão produzidos ou não em um futuro próximo?