Empresas de ônibus de 15 cidades brasileiras apresentaram uma queixa ao poder público pedindo que o serviço disponibilizado pela Uber seja proibido no Brasil, acusando a empresa de fazer concorrência predatória.
Segundo reportagem do portal G1, as empresas de ônibus dizem que a modalidade Uber Juntos, antiga Uber Pool, faz concorrência direta e predatória sem estar sujeito às regras do transporte coletivo, como preços fixados e gratuidade para idosos.
O Uber Juntos funciona como uma espécie de transporte coletivo, quando o passageiro seleciona a essa opção no app, o sistema agrupa ele e outros passageiros na mesma região que estejam indo para lugares próximos, assim o aplicativo determina um ponto inteligente para os passageiros aguardarem juntos até que um motorista passe nesse ponto e recolha a todos.
Segundo as empresas de ônibus de São Paulo, se o Uber Juntos causar prejuízo às empresas de ônibus, isso pode resultar em preços mais caros no ano que vem. Além de São Paulo, 14 outras cidades ameaçam fazer a mesma ação, dentre elas as cidades de Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, a demanda por ônibus deve cair entre 5% e 7% este ano, com os usuários de transporte coletivo migrando cada vez mais para transporte via aplicativo, seja Uber, 99 ou Cabify, por exemplo.
A Uber diz em comunicado que o Juntos não é transporte coletivo, e sim “um sistema que combina viagens individuais com trajetos convergentes para compartilhar o mesmo veículo”. O serviço “complementa o transporte público, ampliando o acesso dos usuários à rede pública principalmente na região central”.
Uma informação curiosa, é que a Uber começou a operar um serviço de micro-ônibus no Egito, chamado de Uber Bus. Ele oferece viagens para 15 a 20 pessoas e usa a mesma tecnologia do Uber Juntos para combinar passageiros a veículos, levando cada um até seu destino. O preço não é fixo mas é “acessível”, segundo a empresa.